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Vazio

 Cartilha do Músico

Segundo pesquisa nacional, a Música produzida em nosso país é o maior orgulho dos brasileiros, mais querida até que o futebol: 65% de citações contra 46%!

Talvez seja por isso que ser músico, no Brasil, além de privilégio é um grande prazer. Tanto que, muitas vezes, nos esquecemos de que a Música é uma profissão, um trabalho, com todas as exigências e benefícios que essa palavra carrega.

Muitos de nós estamos acostumados a "conversar" com nossos instrumentos, no aconchego do quarto ou sob a luz dos refletores. Mas, quando a coisa aperta, na maior parte das vezes estamos sozinhos, e no meio de uma selva de maus contratantes e condições desfavoráveis de trabalho e remuneração.

O mercado da Música, sabemos, é instável, inseguro, beirando à informalidade. Lembra a leitura, na penumbra, da cópia ruim de uma partitura e difícil execução.

A grande maioria de nós, INDIVIDUALMENTE, nada pode fazer para melhorar essa situação. No entanto, você pode contar com uma forte parceria.

O Sindicato dos Músicos do Estado do Rio de Janeiro é uma instituição com mais de um século de forte atuação em favor do músico, não só os do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil.

Continue a ler. No final você terá duas opções:

1 - Continuar a lutar sozinho.

2 - Integrar a grande orquestra SindMusi/RJ, que só toca uma partitura, a intitulada "Melhoria da Qualidade de Vida dos Profissionais da Música".

Bem-vindo ao seu time!

108 ANOS DE HISTÓRIAS E CONQUISTAS

Em 1907, o principal trabalho dos músicos no Rio de Janeiro era tocar nos cinemas, tanto no foyer, para entreter quem chegava, quanto na sala de projeção, agregando som e ritmo às imagens do cinema mudo.

Havia muita agitação política na cidade, e os músicos não podiam desafinar: em 4 de maio daquele ano, foi criado o Centro Musical do Rio de Janeiro, entidade que passou a representar a classe.

Ao longo de um século, o Centro Musical - depois, Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro - foi pioneiro na defesa dos nossos direitos e interesses profissionais e políticos, tornando-se referência para o país.

E haja crise: no final dos anos 20, chega o cinema falado; depois, os discos substituindo as orquestras nos bailes, o rádio, a televisão, o fim dos cassinos, até chegarmos aos dias de hoje, com a música eletrônica, feita por computador, pirateada quase livremente nos camelôs e na Internet.

Nós, os músicos, sempre enfrentamos enormes desafios e sacrifícios para conseguir trabalho e exercer a nossa arte com dignidade, para fazer da Música um dos maiores orgulhos dos brasileiros.

O NOSSO SINDICATO

O SindMusi/RJ é a entidade que representa e defende a classe musical fluminense. É o lugar onde podemos conversar de igual para igual e, unidos, lutarmos pela melhoria das condições de trabalho na profissão que escolhemos, tal como uma orquestra bem afinada e ensaiada.

Se, hoje, a atividade do músico é uma profissão regulamentada, com uma tabela de cachês mínimos que tem que ser respeitada (um privilégio, já que existe, no Congresso Nacional, uma quantidade sem fim de pedidos de categorias profissionais buscando lei que as reconheça e regulamente), devemos muito ao trabalho incansável de colegas, músicos como o Maestro Francisco Braga, Heitor Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, Eleazar de Carvalho, Benedito Lacerda, Maestro José Siqueira, Maurício Tapajós, Rafael Rabello, entre tantos outros que atuaram no SindMusi/RJ, neste primeiro século de atividade.

Hoje, o SindMusi/RJ alcançou respeito internacional e tem lugar na Comissão Executiva da FIM - Federação Internacional dos Músicos. No Brasil, consolidando um passo de maturidade, o Sindicato recentemente se filiou à CGTB - Central Geral dos Trabalhadores do Brasil.

O SindMusi/RJ tem forte atuação no Congresso Nacional em Brasília, defendendo as causas e direitos de todos nós, músicos profissionais. Desde 2006, integra o Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música, o qual, junto com outras entidades ligadas à classe, promove constantes audiências públicas, seminários e eventos. O objetivo é mostrar aos nossos parlamentares o estado de penúria em que se encontra a profissão de músico no Brasil, para convencê-los de que a Música é um produto estratégico para o país, forte sedimentadora da identidade nacional, que precisa ser tratada com especial carinho e atenção.

Graças ao intenso trabalho desenvolvido já conseguimos muitas coisas, tais como a inserção da Música na Subcomissão de Cinema, Teatro, Música e Comunicação Social, da Comissão de Educação do Senado Federal. Isso significa que, agora, nós músicos temos um fórum apropriado e exclusivo, para apresentar propostas de lei de nosso interesse.

Os projetos de interesse dos músicos:

Música nas escolas - Integrante do Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música, o GAP, desde a sua fundação do grupo, o SindMusi está sempre presente nas lutas do movimentos populares, e em tudo que está ligado à Cultura, à Música e aos músicos em geral. Bandeira antiga do GAP, o ensino de música nas escolas - que a partir da reforma educacional empreendida pelo regime militar nos 1970 (Lei 5.692/71), foi gradativamente deixando de existir nas escolas de 1º e 2º graus - volta à cena com a aprovação da Lei Nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, pelo então presidente Lula. Uma vitória, entretanto, que está "capenga" e que a rigor até hoje não saiu do papel. Há vários desafios a serem vencidos, entre eles à formação de professores habilitados na área musical, para a implantação efetiva da lei. É preciso que o poder público saia do campo meramente normativo e desenvolva programas para habilitar professores para o ensino de Música na educação básica, como, aliás, está previsto pela legislação educacional. O SindMusi alia-se aos movimentos pela aceleração desse processo e cobra do governo uma ação mais eficaz. Também apoiamos diversas ações de inclusão social através da Música, realizadas por organizações não governamentais.

Instrumentos mais baratos - Lutamos pela isenção ou redução das taxas e impostos para a importação de instrumentos musicais e equipamentos, desde que para uso de músicos profissionais.

Discos mais baratos - A luta, de longa data, é outra vitória dos músicos, da qual o SindMusi se orgulha de ter participado. Depois de muitas idas e vindas, foi promulgada no dia 15 de outubro de 2013 a Emenda Constitucional 75, que deverá reduzir os preços de CDs e DVDs ao consumidor. Originária da chamada PEC da Música, a emenda garante imunidade tributária para fonogramas e videofonogramas produzidos no Brasil com obras musicais de autores brasileiros ou interpretados por brasileiros. Agora, as obras musicais ficam livres da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS), entre outros tributos. O benefício se aplica inclusive à fase de prensagem e comercialização de CDs e DVDs e para o comércio de arquivo de músicas pela internet.

Valorização do músico - Sabemos que existem diversas questões trabalhistas ligadas à nossa