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“Gilberto Gil toma posse no Ministério da Cultura em 2003 convocando a classe artística brasileira a se reunir para debater sobre seus problemas e apresentar propostas aos representantes do MinC. Imediatamente, todos os setores culturais começaram a se organizar com o intuito de que, finalmente, após tantos anos de descaso com a cultura nacional, algo pudesse realmente ser feito para promover a melhoria no setor, gerando assim uma maior valorização de seus profissionais, a formação de platéias, etc. O setor musical não poderia ficar de fora dessa empreitada, realizando no Rio de Janeiro, através de uma iniciativa do SindMusi/RJ em parceria com o Instituto Jacob do Bandolim, Luis Carlos Prestes (“Cadeia Produtiva da Economia da Música’) e com a Funarte, entre outras adesões, nascendo aí o Fórum Carioca da Música, que resultou num relatório com dez propostas da classe que foram apresentadas a representantes do MinC, em 15 de julho deste mesmo ano. Os itens abordados no documento entregue ao Governo foram: Políticas de formação musical e de público; Políticas de formação profissional em música; Política de valorização do músico; Política de revisão, aprimoramento e valorização da questão autoral; Democratização dos meios de comunicação; Política de divulgação da música brasileira no exterior; Política de recuperação e preservação da memória musical do Brasil; Política de ocupação dos espaços culturais; Modelos de gestão e relações com o governo federal; e Recursos e fontes de financiamento.” Jornal Musical nº 24 (matéria de Juliana Barros) “Com o intuito de cobrar do MinC o andamento da formulação da política pública para a música e uma estrutura governamental para implantá-la, agendamos uma reunião dia 24 de setembro com Juca Ferreira (Secretário Executivo do MinC) e o Antonio Grassi (Presidente da Funarte). (Estiveram presentes nesse encontro: Dalmo Mota (SindMusi/RJ), Cristina Saraiva (integrante da coordenação do Fórum Carioca da Música), Ana Terra e Francis Hime, aderindo ao movimento). Dessa reunião saiu o compromisso do Ministério instituir um ‘canal’ para a formulação da política de música. A conversa foi evoluindo até chegar ao formato anunciado no dia 25 de outubro (dentro do I Encontro Funarte dos Trabalhadores da Cultura), em São Paulo, pelo Ministro Gilberto Gil de formação de câmaras setoriais, abrigando todos os setores da atividade musical. (...) Como a mobilização teria que ser a nível nacional, foi-se buscando uma articulação com outros estados. Em decorrência dessa articulação, realizou-se uma grande reunião com a classe artística de São Paulo, onde foram organizadas as bases do Fórum Permanente de Música. (...) Um encontro foi realizado em 4 de novembro no Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro) contou com as presenças de Gilberto Gil, Juca Ferreira, Antonio Grassi, Luis Turiba (Chefe da Assessoria de Comunicação do MinC), Sérgio Sá Leitão (Assessor do Ministro Gil), Ana de Holanda (Diretora do CEMUS/Funarte), além de pessoas da música de todo o país. Neste encontro foi a presentada a proposta do Fórum da Música do Rio, que incluía a proposta de representatividade dos Fóruns e a composição de Grupos de Trabalho, propostas da qual foram signatários a Associação de Músicos do Pantanal, a Associação de Músicos de Minas Gerais, a Associação das Culturas Amazônicas e a Mobilização Musical.” Jornal Musical nº 27 (matéria de Dalmo Mota)
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