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Os jornais noticiavam que o cinematógrafo tinha chegado definitivamente para acabar com o teatro e as salas de exibição de fitas ainda não constituíam o bom mercado de trabalho que absorveria, nos anos 20, grande número de professores. Em 1907 foram inauguradas 33 salas de cinema na cidade. A inauguração da Avenida Central e o fornecimento de energia elétrica estável e segura foram dois importantes fatores que impulsionaram o desenvolvimento dos cinematógrafos e proporcionaram a essa nova diversão um status de evento "chic", com a construção de grandes e confortáveis salas na principal avenida da cidade. Uma delas foi o Cinema Avenida, inaugurado em 1907 na esquina da Avenida Rio Branco com Rua da Assembléia. Os músicos encontram trabalho nos cinematógrafos recém inaugurados, tanto dentro das salas de projeção, onde faziam uma espécie de fundo musical para os filmes mudos exibidos, quanto nos salões de entrada destes, onde além de entreterem os pagantes, também distraíam o público que se aglomerava nas calçadas para ver-lhes as apresentações. Os teatros, cassinos, orquestras, bandas civis e militares e cabarés também absorvem o trabalho dos músicos. Entre 1907 e 1911 foram abertas 145 salas de projeção, com uma média de 29 salas por ano. Entre 1907 e 1920, foram inaugurados 230 cinematógrafos no Rio, com uma média de 16 salas por ano, mostrando um grande avanço nas duas primeiras décadas do século. |