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Nota de pesar - Elza Soares

Considerada uma das maiores artistas do mundo, faleceu nesta quinta-feira (20) a cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, de causas naturais, em sua residência. “Me deixem cantar até o fim”, presente na letra do samba "A mulher do fim do mundo" – música-título do antológico álbum de 2015, teve sua vontade atendida: dias antes do seu falecimento gravou álbum ao vivo e DVD - uma retrospectiva. Elza nos deixa no dia do santo padroeiro do Rio de Janeiro, e também na mesma data da morte de Garrincha, o "grande amor da minha vida", como afirmava. O SindMusi externa aqui o seu profundo pesar pela perda de mais este grande talento da nossa música.

Ícone da música brasileira, Elza Soares representou antes de tudo a resistência - contra à discriminação e abuso à mulher, comunidade LGBTQIA+, opressão e racismo à raça negra, ao pobre, branco ou negro das comunidades, e aniquilamento da nossa cultura.

Do morro para o mundo, sua voz foi do samba ao jazz, do funk ao rock. Da Bossa Negra à música eletrônica. Não havia limites para este talento genuinamente brasileiro.

"A melhor cantora do milênio", como a rádio BBC de Londres a intitulou, Elza conseguiu em 1960 realizar seu sonho de trabalhar somente com a música, quando surgiu um concurso na rádio, tendo que cantar as músicas escolhidas por eles e, como foi a vencedora, ganhou uma oportunidade de trabalho, assinando um contrato e cantando semanalmente. Com o tempo, acabou sendo convidada para aparecer na TV, e nesse mesmo ano fez sua primeira turnê internacional, e percorreu os países da América do Sul, América do Norte e Europa.

Tornou-se mundialmente conhecida por seu tom suavemente grave e levemente rouco da voz, o que a fez conquistar muitos prêmios ao longo da carreira. Suas músicas falam bastante sobre romance, preconceito racial e feminismo.

As palavras principais da frase, Planeta Fome, viraram o título de seu 34º álbum. As roupas alfinetadas que Elza usou em 1953, foram inspiração para o figurino da turnê do álbum. Ao longo dos anos 1960, a cantora se tornou uma diva do samba-jazz na fase da discografia que foi de 1960 a 1973. Uma fase gloriosa: "O samba é Elza Soares", "Sambossa", e "Na roda do samba".

Na década de 80, desiludida com a música, pediu ajuda a Caetano Veloso e universalizou sua música, deixando para trás o rótulo de sambista, numa incursão sem fronteiras por outros gêneros. Mas sem nunca ter deixado de cantar o samba.

Como lutadora que era pela sua própria natureza, foi capaz de se reerguer várias vezes e driblar os altos e baixos da sua vida e da própria carreira. Sempre voltando com uma força avassaladora até à consagração e definitiva consagração com o álbum A mulher do fim do mundo (2015).

Veja em https://bit.ly/3GWf2jB o clipe oficial "Mulher do Fim do Mundo

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